lasefoioutrodia

quinta-feira, agosto 31

“nasci muito tarde, num mundo que simplesmente não quer saber”.

"Na Azinhaga dos Besouros, na Amadora, mais casas voltaram ontem a ser demolidas quase com as pessoas a terem de fugir à pressa para não ficarem debaixo dos escombros. Mais uma vez, a PSP impediu o acesso dos jornalistas ao bairro degradado, desrespeitando a lei n.º 1/99, que lhes dá o direito de acesso a locais públicos para cobertura informativa. Barrou também a entrada aos Médicos do Mundo. Multiplicam-se as queixas contra a PSP relativas a agressões e retenções na esquadra. Quatro crianças foram retiradas a uma moradora que as tinha à sua guarda. A tudo isto, a PSP responde que "não há comentários a fazer". "
Diário de Notícias


É aqui que falha a democracia, naqueles que não fazem parte dela. Como a maioria das pessoas nestes bairros não pode votar, qual o interesse da Câmara ou do Estado em justificar o que está acontecer na Amadora e noutros sítios? Nenhum. Até porque sabem que é mais fácil para a maioria das pessoas (que vota) colocar a culpa da sua miséria no vizinho do lado, do que no patrão que lhes paga o salário ou no próprio Estado. E infelizmente a nossa alienação e a nossa indiferença são tão grandes que as pessoas preferem ter uma CRIL, mesmo que isso signifique deixar dezenas de pessoas na rua.
A indiferença, o racismo e ignorância são grandes armas. Basta educar as pessoas desta forma para que o passar por cima de seres humanos como se fossem auto-estradas se torne "normal".

Nota: Estou surpreendida com o jornalista do Diário de Notícias (Daniel Lam que tem acompanhado este caso porque é o único que se tem dado ao trabalho de lá ir todos os dias, dando a conhecer aos leitores do DN a vida de cada uma das pessoas do bairro e denunciado situações impressionantes de abuso de autoridade.

quarta-feira, agosto 30

O sonho americano afinal é escandinavo

Aqui está um estudo que nunca será abordado nas escolas americanos. Só de pensarem que o modelo não funciona... Não pode ser! Nós somos a sociedade da liberdade e das oportunidades! O problema é que à medida que foram aprendendo na escola, em casa, nos medias, nos filmes, etc, que um Estado Liberal é o melhor para todos, nunca se deram ao trabalho de olhar para o lado e perguntar “mas afinal porque é que temos tantos pobres?”,mas afinal porque tanta gente não acesso à saúde?”,mas afinal porque é que só vão para as universidades os quem têm dinheiro?”, "Mas afinal porque é que pago impostos se não tenho direito a nada? Para pagar as guerras?".

Existirá algo mais dificil do que questionarmos o que aprendemos?


Diário de Notícias
Em Portugal poucos acreditam na possibilidade de se enriquecer à custa do trabalho. A maioria dos pobres portugueses aposta mais na hipótese de ficar rico com o Euromilhões do que com o seu trabalho. É o "sonho do Euromilhões". Mas não é assim nos Estados Unidos, onde o sonho é outro. É "americano" e assenta na ideia de que qualquer um, independentemente dos seus rendimentos, possa, a partir do seu trabalho árduo e competente, tornar-se rico.
Diversos estudos, vindos à estampa recentemente (reflectidos na revista Economist), demonstram que os rendimentos dos pais determinam de forma significativa os rendimentos futuros dos filhos e que os Estados Unidos são o país (juntamente com o Reino Unido) onde é mais difícil um pobre libertar-se da sua condição.
A educação surge, aliás, em todos os estudos consultados pelo DN, como o factor preponderante na mobilidade intergeracional. Os melhores resultados apresentados pelos países do Norte da Europa resultam do facto de estes possuírem sistemas educativos mais orientados para os mínimos sociais - criando, por via de políticas públi- cas, uma espécie de patamar mí- nimo educativo - e não tanto para as elites, como acontece nos Estados Unidos.

quarta-feira, agosto 23

Beira Baixa

Idanha-a-Nova, Julho 2006

Idanha-a-Velha, Julho de 2006

Ponte de Alcântara (Cáceres), Julho de 2006

Penha Garcia, Julho de 2006

terça-feira, agosto 22

Agosto em Lisboa











À excepção da vaga de calor que faz com que coisas básicas, como por exemplo andar, se transformem em desafios, gosto de trabalhar em Lisboa em Agosto. Conseguir fazer um 1km de autocarro em menos de 20 min é sempre uma boa experiência e não ter ninguém a controlar o que faço e a que horas chego ao trabalho é melhor ainda.

O ideal era ir de férias quando todos regressarem a Lisboa e assim usufruir de um luxo que é visitar locais antes das 7 da tarde sem destilar.

É nestas alturas que tenho mais saudades do tempo de estudante. Lembro-me de ter que estudar em Agosto, mas depois dos exames era um descanso... O problema é que a disponibilidade do tempo não vinha acompanhada com a disponibilidade financeira.