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quarta-feira, agosto 30

O sonho americano afinal é escandinavo

Aqui está um estudo que nunca será abordado nas escolas americanos. Só de pensarem que o modelo não funciona... Não pode ser! Nós somos a sociedade da liberdade e das oportunidades! O problema é que à medida que foram aprendendo na escola, em casa, nos medias, nos filmes, etc, que um Estado Liberal é o melhor para todos, nunca se deram ao trabalho de olhar para o lado e perguntar “mas afinal porque é que temos tantos pobres?”,mas afinal porque tanta gente não acesso à saúde?”,mas afinal porque é que só vão para as universidades os quem têm dinheiro?”, "Mas afinal porque é que pago impostos se não tenho direito a nada? Para pagar as guerras?".

Existirá algo mais dificil do que questionarmos o que aprendemos?


Diário de Notícias
Em Portugal poucos acreditam na possibilidade de se enriquecer à custa do trabalho. A maioria dos pobres portugueses aposta mais na hipótese de ficar rico com o Euromilhões do que com o seu trabalho. É o "sonho do Euromilhões". Mas não é assim nos Estados Unidos, onde o sonho é outro. É "americano" e assenta na ideia de que qualquer um, independentemente dos seus rendimentos, possa, a partir do seu trabalho árduo e competente, tornar-se rico.
Diversos estudos, vindos à estampa recentemente (reflectidos na revista Economist), demonstram que os rendimentos dos pais determinam de forma significativa os rendimentos futuros dos filhos e que os Estados Unidos são o país (juntamente com o Reino Unido) onde é mais difícil um pobre libertar-se da sua condição.
A educação surge, aliás, em todos os estudos consultados pelo DN, como o factor preponderante na mobilidade intergeracional. Os melhores resultados apresentados pelos países do Norte da Europa resultam do facto de estes possuírem sistemas educativos mais orientados para os mínimos sociais - criando, por via de políticas públi- cas, uma espécie de patamar mí- nimo educativo - e não tanto para as elites, como acontece nos Estados Unidos.