lasefoioutrodia

quarta-feira, maio 31

São Paulo

quinta-feira, maio 25

Filhos, filhas, mães, pais, mãe, pai, RMA...

Uma organização de defesa dos direitos dos homossexuais considera que a lei sobre Reprodução Medicamente Assistida (RMA), que deverá ser aprovada hoje no Parlamento, faz uma "discriminação imbecil" ao excluir do acesso a esta técnica os casais de pessoas do mesmo sexo e as mulheres sozinhas. Em comunicado, a associação Panteras Rosa considera que a lei é uma "oportunidade para a discriminação imbecil" porque, ao excluir mulheres sós e casais de lésbicas de serem artificialmente inseminadas, "fere gravemente o princípio da não -discriminação de uma sociedade plural em que os modelos da família são múltiplos e todos legítimos".
IMBECIL parece-me uma boa escolha de palavra.

Esta ideia base que o Estado tem como função determinar o que deve ou não ser um casal, é racionalmente absurda, mas infelizmente as pessoas acham mesmo que têm o direito de dizer a forma como os seus vizinhos devem-se comportar. Ao consideram que a sua moral é a correcta, têm a presunção de acharem que a devem impor a todo o custo.
A questão dos filhos é acima de tudo hipocrisia, porque utilizam a ideia do "bem-estar da criança" para justificar a sua moral discriminatória. Ou será que em nome do bem-estar das crianças, também defendem que qualquer mulher ou casal que decida ter um filho deve passar pelo exame do Estado, que assim determinará as condições "emocionais" desses pais? A única prova científica que temos até hoje é de que os casais considerados "normais" pela sociedade não têm tido muito sucesso em que criar crianças e que dentro deste modelo encontramos múltiplos exemplos de maus tratos, abuso, abandono, etc... Então se é o modelo da orientação sexual que determina se são bons pais ou boas mães, porquê é que ainda não se pôs em causa o modelo heterossexual, que tantas provas já deu para ser questionado?

quarta-feira, maio 24

Os nossos quadros superiores no seu melhor!

Pronto, afinal as coisas não estão assim tão mal.
Pelos vistos é mesmo importante ler o capítulo dedicado à metodologia, algo que os jornalistas do Jornal de Notícias não fizerem, interpretando erradamente os resultados deste estudo. Porque afinal as percentagens referem-se ao número de alunos que seleccionaram aquela frase. Havia 8 frases e eles tinham que selecionar 3. Logo, as percentagens apenas demostram a importância de algumas frases e não o contrário. Podemos interpretar que 68% acha que se deve repudir qualquer forma de violência física ou simbólica e que 72% acha que deve ser facultativa.
Mas se então tantos em Coimbra acham que deve ser facultativa, porque ela não o é? E se mais de metade acha que ela deve ser diferente, porquê é que continuam as mesmas palhaçadas à tantos anos?

Quase um terço (32,3%) dos alunos da Universidade de Coimbra (UC) concorda com a prática de actos de "violência física ou simbólica" no âmbito da praxe académica. À pergunta sobre se a praxe "deve repudiar qualquer forma de violência física ou simbólica", responderam "sim" 67,7% dos alunos inquiridos.O inquérito revela, também, que "28% dos alunos discordam da ideia de que praxe deve ser facultativa e respeitar quem não quiser aderir". Mais de 80% dizem-se favoráveis à discriminação sexual, recusando qualquer revisão do código da praxe que igualdade os direitos de homens e mulheres. Só 3% dos alunos defendem que a praxe "deve ser completamente abolida, pois é uma violência".
JN, 24 de Maio

segunda-feira, maio 22

Orgulho

Depois de um domingo a cheirar os churrascos que os portistas fizeram em dia de taça, eis que no sábado de manhã, ao sair de casa, me deparo com milhares de mulheres, vestidas com as cores nacionais, para se juntarem e formarem uma enorme bandeira nacional, a pedido do Banco Espírito Santo.
E assim já cá canta mais um recorde do Guiness do qual temos todos/as que sentir muito orgulho! É isso e termos os maiores centros comerciais da Europa!
Não se sentem todos/as orgulhosos/as?

O Futebol está a mostrar que afinal os portugueses conseguem-se levantar de manhã e aderir a inicativas em conjunto. Também está a mostrar o quanto pobres de espírito podemos ser. Conseguimos fazer um grande esforço para apoiar Portugal, mas para lutar por melhores salários, por melhores condições de vida, o melhor é ficar em casa. Lutamos por um sentimento que só serve para nos convencermos que afinal temos todos/as algo em comum e para assim abstraírmo-nos dos problemas do dia-a-dia
Em vez de nos mobilizarmos para resolver esses mesmos problemas, preferimos gastar todo o nosso tempo em algo que nos faça esquecê-los! Ora aqui está uma lógica inteligente! E quando acabar o Mundial, lá temos outra vez as estatísticas dos portugueses desiludidos, sem espectativas, que vivem mal, etc, etc...

Mas se há alguém que deve ter ganho algo com esta bandeira, foi sem dúvida, a Família Espírito Santo, que convenceu milhares de mulheres a fazerem publicidade ao BES, de borla!

quinta-feira, maio 18

Golpe


Nínguem me tira da cabeça a ideia de quem roubou uma vaca de 400 kilos do Campo Pequeno foi a empresa que a patrocinou. Haverá maior publicidade que ter todos os jornais e televisões à procura de uma vaca que tem desenhado o simbolo da empresa!

E por falar em vacas...

UNIDOS CONTRA AS TOURADAS
Diga NÃO à reabertura da Praça de Touros.
Diga NÃO à tortura e morte de animais.
Participe: Dia 18 de Maio entre as 20H e as 23H no campo pequeno.
Diga-se que esta foi uma oportunidade perdida para acabar de vez com um dos símbolos da cidade de Lisboa que todos os dias nos lembra de como o ser humano consegue ser tão desumano.

O FEMINISMO está a passar por aqui!

E porque o Feminismo é cada vez mais preciso, divulgo aqui a página do Colectivo Feminista, que, na noite de 25 de Abril, saíram à rua e puseram o feminismo a passar pelas escadas, estradas, passadeiras de peões, paredes e passeios da Cidade Universitária, Avenida de Berna, Bica e Bairro Alto.

E aproveitem para conhecer a Vaca Sacramento

sexta-feira, maio 12

Aqui está uma história do nosso quotidiano lisboeta, infelizmente tão frequente.

sexta-feira, maio 5

Bº da Torre

Um Juiz emite um mandato a um bairro inteiro, não a uma pessoa, nem a uma casa, mas a um bairro inteiro!?! O simples facto de viverem naquele bairro específico dá-lhe o estatuto imediato de potenciais criminosos. Na Av.Roma deve haver imensas casas cheias de armas e não passa pela cabeça de ninguém pôr a polícia aos pontapés de todas as portas localizadas naquela rua às 7 da manhã!!! Mas ao lerem as notícias sobre o Bairro da Torre a maioria das pessoas sente-se imediatamente mais segura, como se o seu sentimento simbólico de segurança fosse mais importante que o respeito pelas pessoas. No fundo a polícia não faz mais do que servir de farol para que as pessoas possam apontar os responsáveis desse sentimento. Não interessa muito que não tenha descoberto quase nada, interessa sim saber que se a polícia desconfia, então é porque ali há gato, ou melhor, há criminosos. E assim se estigmatiza um bairro...
Não que já não devêssemos estar habituados a estas "acções", mas 600 polícias????!!!!!

Um cheirinho...